Eu sempre tive a sensação de que explicar uma arquitetura baseada em microserviços em uma conversa informal é um desafio. As palavras se misturam, fluxos complicam, e até quem entende do assunto pode confundir componentes. Diagramas bem construídos são a ponte entre o entendimento técnico e a clareza visual em projetos de microserviços. Neste artigo, quero mostrar meu passo a passo para criar diagramas que realmente ajudam equipes de tecnologia, clientes e até mesmo profissionais de negócios a enxergar como os microserviços funcionam, do conceito até os fluxos mais detalhados.
O que são microserviços e por que diagramá-los?
Primeiro, preciso ser direto: microserviços são uma abordagem de arquitetura onde uma aplicação é dividida em pequenos serviços independentes que se comunicam entre si, cada um responsável por uma função específica do sistema. Essa abordagem ganhou o mundo da tecnologia porque permite escalar, atualizar e até corrigir pequenas partes do sistema sem interferir no todo.
No meu dia a dia, percebo que documentar e ilustrar esses serviços é um trunfo. Um bom diagrama é como um GPS visual. Mostra onde cada serviço “mora”, como se conecta com outros e como informações viajam dentro do ecossistema. Isso:
- Facilita treinamentos e onboarding de novos membros
- Ajuda na identificação de gargalos ou oportunidades de melhoria
- Simplifica a comunicação com áreas não técnicas, como gestão e suporte
- Acelera a tomada de decisão em projetos de refatoração e novas integrações
Diagramar não é perder tempo com desenhos bonitos, mas investir em clareza e compartilhamento do conhecimento.
Antes do desenho: etapas iniciais para um diagrama útil
Ao longo dos meus anos criando diagramas com ferramentas como a devchart, notei que começar sem planejamento é apostar na loteria. O que parece ser praticidade se torna retrabalho. Por isso, sempre sigo algumas etapas antes de abrir a ferramenta:
1. Defina seu público
Pergunte-se, para quem este diagrama será apresentado? Desenvolvedores, arquitetos, equipe de QA, diretores ou clientes? O nível de detalhamento depende do público. Uma visão geral para a diretoria pede menos detalhes técnicos e mais clareza visual. Para desenvolvedores, já consigo ir mais a fundo em integrações e fluxos específicos.
2. Escolha o escopo certo
Não tente explicar tudo de uma só vez. Já vi diagramas que tentam mapear um ecossistema inteiro e acabam confusos. Recomendo decidir se fará um diagrama:
- De alto nível (overview dos microserviços e principais integrações)
- De baixo nível (fluxo detalhado de um microserviço ou de uma funcionalidade específica)
3. Liste componentes e suas relações
Antes do desenho, faço uma relação simples:
- Quais microserviços existem?
- Que dados cada um manipula?
- Quais integrações dependem de APIs, filas, bancos ou mensagens?
Essas respostas já desenham metade do diagrama em minha mente.
Ferramentas ideais para diagramar microserviços
Sinceramente, já testei desde softwares tradicionais de fluxograma até editores online famosos, como Lucidchart e Visual Paradigm. Mas para arquiteturas modernas de tecnologia, percebo que falta algo nessas alternativas, elas são genéricas demais ou carecem de elementos específicos do nosso universo.
Aí entra a devchart. Ela oferece modelos, ícones e fluxos pensados para tecnologia e microserviços. Faz diferença quando posso escolher um bloco que já representa um serviço REST, uma fila RabbitMQ ou um gateway API, sem precisar desenhar do zero ou adaptar figuras. A facilidade de colaboração em tempo real também me poupou dezenas de e-mails desnecessários em projetos.
Considero a devchart uma escolha natural para quem quer diagramar rápido, com clareza, podendo reutilizar padrões e atualizar sempre que o cenário muda.
Elementos visuais básicos de um diagrama de microserviços
Chegou a hora de desenhar. Mas como represento cada peça do quebra-cabeça dos microserviços?
- Blocos ou caixas: Representam microserviços. Costumo usar nomes claros e diretos, como PedidoService ou CatalogoAPI.
- Setas: Indicativas de fluxo de dados ou chamadas de API. Se for comunicação assíncrona, pode ser uma seta pontilhada. Clientes externos podem ter uma cor diferente para se destacar.
- Ícones específicos: Ferramentas como a devchart trazem ícones prontos para filas, gateways, bases de dados e APIs.
- Grupos ou containers: Úteis para mostrar microserviços sob um domínio específico ou dentro do mesmo cluster/orquestrador.
- Notas: Rápidas explicações em balões podem esclarecer decisões ou restrições técnicas.
O segredo não é ter muitos elementos, mas escolher só o necessário para explicar.
Passo a passo para criar seu diagrama de microserviços
Agora compartilho meu processo, do zero ao diagrama pronto. Leio muitos artigos que complicam, mas sempre gostei de deixar prático e visual.
1. Inicie pelo contexto principal
Começo traçando um retângulo maior ao redor do sistema ou domínio de negócio. Isso delimita os limites do que vou mostrar e evita perder o foco.
2. Insira os microserviços centrais
Coloco cada serviço como um bloco. Nomes, como já disse, precisam ser objetivos. Se o diagrama mostrar, por exemplo, o fluxo de encomendas, só trago os microserviços que atuam nesse cenário. Nada de lotar com serviços que não estão na rota.
3. Represente integrações entre os serviços
Setas entre caixas indicam chamadas síncronas (API, HTTP) ou assíncronas (mensageria, eventos). Gosto de sinalizar o protocolo para não gerar dúvidas depois.

4. Destaque bancos, filas e gateways
Coloque os bancos de dados como cilindros separados, nunca dentro do serviço. O mesmo para filas e gateways. Visualmente, faz toda diferença para quem lê entender que microserviços são independentes e não compartilham o banco centralizado, por exemplo.
5. Identifique pontos de entrada e usuários externos
Gosto de incluir blocos representando front-ends, apps mobile ou sistemas externos conectando-se ao gateway de APIs ou a algum microserviço. Assim, fica claro o fluxo clássico: usuário - gateway - serviço.
6. Use cores para criar agrupamentos
Nem sempre as pessoas se lembram disso. Cores ajudam a destacar domínios (ex: tudo de “pagamento” em azul, “catálogo” em verde). Esse recurso visual facilita enxergar grupos e identificar responsabilidades, especialmente em times grandes.
7. Simplifique e dê legendas
Costumo olhar o diagrama pronto e pensar: se tirar metade dos elementos, alguém entenderia o fluxo principal? O quê pode virar uma legenda simples e não precisa ocupar espaço central?

Na minha experiência, diagramas vivos, aqueles que recebem sugestões e atualizações frequentes, são os que realmente têm valor no dia a dia técnico.
Dicas para tornar diagramas de microserviços mais claros
Algumas pequenas atitudes transformam o impacto do diagrama:
- Evite poluição visual: tire elementos desnecessários
- Caso o fluxo seja complexo, foque apenas no caminho mais importante
- Coloque versões de cada microserviço, especialmente se o cenário muda rápido
- Sinalize dependências externas (como serviços de terceiros na nuvem)
- Deixe espaço em branco: diagramas “respiram” melhor assim
- Adote um padrão visual para toda equipe (a devchart inclusive permite salvar templates para reutilizar)
Já vi times ficarem presos em ferramentas offline, sem colaboração. No cenário atual, vale muito trabalhar em plataformas que permitem comentar, revisar e versionar diagramas online, como oferece a devchart, e que outros concorrentes nem sempre possuem com a mesma facilidade.
Como diagramas facilitam discussões e decisões técnicas?
Na prática, percebi que discussões em reuniões ficam infinitamente mais objetivas quando há um diagrama compartilhado na tela. Não se trata de um documento estático, é um artefato vivo, que acompanha a evolução do produto. Toda vez que um serviço novo entra, ou um fluxo muda, é só atualizar na devchart e pronto: a equipe toda já entende a mudança.
O diagrama é o quadro branco do time de desenvolvimento, só que não apaga no fim da reunião.
Com diagramas bem feitos, decisões sobre novas integrações, migração para nuvem ou refatoração de módulos ficam muito mais transparentes.
Como escolher o nível de detalhamento ideal?
Minha dica é pensar no que será perguntado pelo público do diagrama. Se ele vai orientar explicações rápidas para líderes ou clientes, foco no alto nível. Se vai direcionar equipes de backend ou DevOps, aí sim os detalhes técnicos entram forte: protocolos, handlers, endpoints, mensagens, filas e replicação entram no desenho.
Com a devchart, essa transição fica simples, pois posso duplicar um diagrama e ajustar o detalhamento rápido, sem redesenhar tudo do zero, o que nunca encontrei de modo satisfatório em ferramentas concorrentes.
Evite armadilhas comuns ao diagramar microserviços
Aprendi, às vezes pelo erro, que diagramar microserviços pede atenção a pequenos detalhes. Veja o que é bom evitar:
- Nomes genéricos nas caixas: Sempre que usei nomes como “Serviço 1”, gerei confusão. Use sempre o nome real e objetivo do microserviço.
- Falta de separação visual: Microserviços independentes, bancos individuais, gateways distintos. Misturar ou sobrepor é receita para dúvidas.
- Excesso de informação: Tudo junto no diagrama, com setas cruzando o tempo todo? Complicado de manter, e horrível para explicar. Menos é mais.
- Ignorar contexto: Um diagrama genérico, sem o domínio do negócio, perde valor. Ajuste sempre ao cenário.
Como manter seus diagramas atualizados e colaborativos?
Uma dica valiosa: traga os diagramas para o fluxo natural do time. Não deixe diagramas presos na máquina de uma pessoa ou em PDF estático. Prefira plataformas onde todos podem comentar, sugerir, editar e versionar. Na devchart, o controle de versões e comentários ajuda para que todo ajuste fique documentado, tornando o histórico transparente.
Já trabalhei em equipes onde a documentação visual era feita na apresentação de slides e morria depois de uma semana. Quando migrei para o modelo colaborativo, os diagramas passaram a ser referência constante no squad. Menos refação, mais alinhamento.
As diferenças entre diagramas de microserviços e monolíticos
Acho relevante frisar a diferença visual. Enquanto diagramas monolíticos mostram um único bloco central que “sabe de tudo”, os de microserviços são distribuídos, focando na independência e conexões entre serviços pequenos.
Clientes que vêm de soluções monolíticas às vezes estranham a quantidade de blocos. No começo, parece confuso, mas logo percebem que entender cada microserviço separadamente é muito mais fácil de escalar e adaptar (e o diagrama auxilia justamente nisso).
Recapitulando o passo a passo para diagramar microserviços
- Defina o público e o objetivo do diagrama
- Escolha o escopo e liste só o que é relevante mostrar
- Desenhe os microserviços como blocos claros
- Trace integrações com setas, destacando protocolos e fluxos assíncronos ou síncronos
- Destaque bancos de dados, filas, gateways como elementos próprios
- Inclua usuários externos e pontos de entrada/saída do sistema
- Aplique cores para agrupamentos e legendas para facilitar entendimento
- Reveja, simplifique e colabore com o time para ajustes constantes
Um bom diagrama de microserviços conta uma história sem precisar de legenda.
Por que devchart é a melhor opção?
Concluindo, quero reforçar que, testando soluções populares do mercado, senti que algo sempre ficava faltando: ou itens visuais próprios do mundo tech, ou facilidade de colaboração, ou atualização ágil. A devchart entrega justamente isso para desenvolvedores, arquitetos e squads que precisam desenhar, explicar e iterar rápido numa arquitetura moderna.
Se você quer menos ruído, zero enrolação e mais clareza visual para seu time, recomendo conhecer e testar a devchart. Seus diagramas vão deixar de ser só desenhos para realmente construir entendimento e direcionar decisões em projetos de microserviços.
Venha conhecer a devchart e transforme como você cria, compartilha e mantém seus diagramas técnicos, sua equipe vai notar a diferença já na próxima reunião!
